Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Educação. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de maio de 2019

👍Educar para o encantamento... Educar com sensibilidade

EDUCAR PARA O ENCANTAMENTO
EDUCAR COM SENSIBILIDADE

Cada vez mais as crianças estão sendo seduzidas pela beleza da modernização tecnológica, deixando de lado e consequentemente não despertando a essência da criatividade, da afetividade, do cognitivo, do ego e do próprio intelecto. Pouco a pouco estamos a perder nossa ternura e nossa relação social em que estamos imersos.
Neste pensamento a educação pode ser uma forte ferramenta para fortalecer a racionalidade. A educação quando transformadora desta condição direciona os indivíduos para a liberdade de criatividade.
Rubem Alves analisa esta proposta em repensar a educação como uma ação estética, valorizando e tornando o saber sensível ponto de partida das verdadeiras propostas educacionais. Aprender é sentir com o coração, promover a curiosidade para que a mente se inspire em vontade, em querer.
Educar para e pelo encantamento é necessário para que a criança se envolva de forma sensível e significativa na medida em que a mesma vai se aprofundando na descoberta das cores, dos sons, dos cheiros, texturas, conexões, vozes, contrastes, movimentos, etc. Para isso, é necessário que o Educador (Mediador) também se envolva nesta experiência, mesmo que não tenha experimentado o mesmo processo quando criança. Na verdade, não há nada mais inspirador que aprender ensinando.
O papel do Educador e da Escola, é também o de trabalhar a sensibilidade os valores humanos existentes nas relações familiares e sociais como: diálogo, afetividade, amizade, respeito, amor, atenção, carinho, dentre outros, a fim de desenvolver na memória uma forma de aprendizagem mais completa e que vai muito mais além dos próprios projetos e planejamentos educacionais.
Escolas são pessoas (Prof. José Pacheco)
O desenvolvimento da inteligência se forma a partir das experiências oferecidas pelo meio (sociedade), pelo grau de aproximação que o sujeito faz com ela, pela linguagem e pelos conhecimentos presentes na sua cultura. Estes fatores contribuem efetivamente para o conceito de desenvolvimento e construção do caráter.
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.
Rubem Alves

Texto e pesquisa (Prof Marcos Leonardo de Souza)
Psicopedagogo – Historiador – Pesquisador – Mestre em Educação e Filosofia.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

👍Alfabetização: as sondagens de hipótese de escrita

Alfabetização: as sondagens de hipótese de escrita


Quando assume uma turma de alfabetização, o professor deve descobrir o que cada aluno da sala sabe sobre o sistema de escrita antes de começar o planejamento das atividades. Esse trabalho é chamado de sondagem de hipótese de escrita e busca acompanhar os avanços das crianças na aquisição da base alfabética.
Sempre que falo do assunto com os professores alfabetizadores da minha escola, nas reuniões de formação, faço questão de levantar a discussão a respeito de três aspectos bastante importantes.
1- Para que serve a sondagem de hipótese de escrita?
A sondagem funciona como um diagnóstico sobre quais e quantos alunos se encontram em cada hipótese de escrita: pré-silábica, silábica sem valor sonoro convencional, silábica com valor sonoro convencional, silábico-alfabética e alfabética.
Com o diagnóstico em mãos, o professor pensa em agrupamentos produtivos, unindo crianças que se encontram em hipóteses de escrita próximas, e planeja as atividades adequadas para que todas as crianças avancem até se tornarem alfabéticas, ou seja, compreenderem o sistema de escrita.
2- Como se faz?
A sondagem é uma atividade feita individualmente e consiste em ditar para as crianças uma lista de palavras de um mesmo campo semântico, como bichinhos de jardim, flores, frutas ou animais. Atenção! Todas as palavras utilizadas nas atividades de sondagem devem ser inéditas para os pequenos. Isso significa que elas não podem ser as mesmas utilizadas em outras atividades. Senão, as crianças terão a escrita de memória e, assim, a sondagem nos dará resultados errados.
O ditado dos termos deve seguir uma ordem, de acordo com seu número de sílabas: polissílaba, trissílaba, dissílaba e monossílaba. Ao final, também se dita uma frase em que uma das palavras (trissílaba ou dissílaba) esteja presente. Existe uma lógica para isso. As crianças que se encontram em conflito com relação ao número de letras podem não querer escrever palavras menores e desistem logo no começo da sondagem.
Após a escrita de cada palavra, a criança também deve lê-la em voz alta. A leitura ajuda o professor a verificar como ela está pensando a respeito do sistema de escrita e se estabelece relação com o que escreveu e o que falou.
3- Quando se faz?
Na minha escola, oriento os professores a realizar a sondagem de hipótese de escrita no início do ano letivo e a cada dois meses depois dessa data. Isso porque essa atividade está a serviço da avaliação diagnóstica e do planejamento de aulas para que a criança avance no sistema de escrita alfabética. Além disso, serve para o professor fazer o registro da evolução de cada aluno.
A partir do momento em que a criança se torna alfabética, não há necessidade de continuar fazendo a sondagem, pois os desafios são outros e os diagnósticos também.

sábado, 6 de abril de 2019

👍Ensinar o que não se sabe – Rubem Alves


Ensinar o que não se sabe 
Rubem Alves

Ensinar
é um exercício
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais…
– Rubem Alves

Ensinar o que não se sabe
E chega o momento quando o Mestre toma o discípulo pela mão, e o leva até o alto da montanha. Atrás, na direção do nascente, se vêem vales, caminhos, florestas, riachos, planícies ermas, aldeias e cidades. Tudo brilha sob a luz clara do sol que acaba de surgir no horizonte. E o Mestre fala:

Por todos estes caminhos já andamos. Ensinei-lhe aquilo que sei. já não há surpresas. Nestes cenários conhecidos moram os homens. Também eles foram meus discípulos! Dei-lhes o meu saber e eles aprenderam as minhas lições. Constroem casas, abrem estradas, plantam campos, geram filhos… Vivem a boa vida cotidiana, com suas alegrias e tristezas. Veja estes mapas!

Com estas palavras ele toma rolos de papel que trazia debaixo do braço e os abre diante do discípulo.

Aqui se encontra o retrato deste mundo. Se você prestar bem atenção, verá que há mapas dos céus, mapas das terras, mapas do corpo, mapas da alma. Andei por estes cenários. Naveguei, pensei, aprendi. Aquilo que aprendi e que sei, está aqui. E estes mapas eu lhe dou, como minha herança. Com eles você poderá andar por estes cenários sem medo e sem sustos, pisando sempre a terra firme. Dou-lhe o meu saber.

Aí o Mestre fica silencioso, olhando dentro dos olhos do discípulo. Ele quer adivinhar o que se esconde naquele olhar. Examina os seus pés. Nos pés sólidos se revela a vocação para andar pelas trilhas conhecidas. Quem sabe isto é tudo aquilo de que aquele corpo jovem é capaz! Quem sabe isto é tudo o que aquele corpo jovem deseja! Se assim for, talvez que o melhor seria encerrar aqui a lição e nada mais dizer.

Mas o Mestre não se contém e procura, nas costas do seu discípulo, prenúncios de asas – asas que ele imaginara haver visto como sonho, dentro dos seus olhos.

O Mestre sabe que todos os homens são seres alados por nascimento, e que só se esquecem da vocação pelas alturas quando enfeitiçados pelo conhecimento das coisas já sabidas.

Ensinou o que sabia. Agora chegou a hora de ensinar o que não sabe: o desconhecido.

Volta-se então na direção oposta, o mar imenso e escuro, onde a luz do sol ainda não chegou.

É este o seu destino. Os poetas o têm sabido desde sempre: A solidez, da terra, monótona, parece-nos fraca ilusão. Queremos a ilusão do grande mar, multiplicada em suas malhas de perigo (Cecília Meireles).

É preciso navegar. Deixando atrás as terras e os portos dos nossos pais e avós, nossos navios têm de buscar a terra dos nossos filhos e netos, ainda não vista, desconhecida. (Nietzsche).

Mas, para esta aventura meus mapas não lhe bastam. Todos os diplomas são inúteis. E inútil todo o saber aprendido. Você terá de navegar dispondo de uma coisa apenas: os seus sonhos. Os sonhos são os mapas dos navegantes que procuram novos mundos. Na busca dos seus sonhos você terá de construir um novo saber, que eu mesmo não sei… E os seus pensamentos terão de ser outros, diferentes daqueles que você agora tem.

O seu saber é um pássaro engaiolado, que pula de poleiro a poleiro, e que você leva para onde quer. Mas dos sonhos saem pássaros selvagens, que nenhuma educação pode domesticar.

Meu saber o ensinou a andar por caminhos sólidos. Indiquei-lhe as pedras firmes, onde você poderá colocar os seus pés, sem medo. Mas o que fazer quando se tem de caminhar por um rio saltando de pedra em pedra, cada pedra uma incógnita? Ah! Como são diferentes o corpo movido pelo sonho, do corpo movido pelas certezas.

Sobre leves esteios o primeiro salta para diante. a esperança e o pressentimento põem asas em seus pés. Pesadamente o segundo arqueja em seu encalço e busca esteios melhores para também alcançar aquele alvo sedutor, ao qual seu companheiro mais divino já chegou. Dir-se-ia ver dois andarilhos diante de um regato selvagem, que corre rodopiando pedras. o primeiro, com pés ligeiros, salta por sobre ele, usando as pedras e apoiando-se nelas para lançar-se mais adiante, ainda que, atrás dele, afundem bruscamente nas profundezas. O outro, a todo instante, detém-se desamparado, precisa antes construir fundamentos que sustentem seu passo pesado e cauteloso; por vezes isso não dá resultado e, então, não há deus que possa auxiliá-lo a transpor o regato. (Nietzsche)

Até agora eu o ensinei a marchar. É isto que se ensina nas escolas. Caminhar com passos firmes. Não saltar nunca sobre o vazio. Nada dizer que não esteja construído sobre sólidos fundamentos. Mas, com o aprendizado do rigor, você desaprendeu o fascínio do ousar. E até desaprendeu mesmo a arte de falar. Na Idade Média (e como a criticamos!) os pensadores só se atreviam a falar se solidamente apoiados nas autoridades. Continuamos a fazer o mesmo, embora os textos sagrados sejam outros. Também as escolas e universidades têm os seu papas, seus dogmas, suas ortodoxias. O segredo do sucesso na carreira acadêmica? Jogar bem o boca de forno, a aprender a fazer tudo o que seu mestre mandar…

Agora o que desejo é que você aprenda a dançar. Lição de Zaratustra, que dizia que para se aprender a pensar é preciso primeiro aprender a dançar. Quem dança com as idéias descobre que pensar é alegria. Se pensar lhe dá’ tristeza e porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com o sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra. Como Mestre só posso então lhe dizer uma coisa: “Conte-me os seus sonhos, para que sonhemos juntos!”

– Rubem Alves, no livro “A alegria de ensinar”. São Paulo: Ars Poetica Editora Ltda, 1994.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

👍Senhor Lápis e as Vogais


{SENHOR LÁPIS E AS VOGAIS}

"Andava pela escola uma letrinha que sempre estava triste e sozinha. Ela se chamava “A”. Ficava no cantinho da sala quieta como sempre. O lápis já havia observado sua tristeza. Num certo dia, ele se aproximou da letra “A”
_ Por que você está sempre triste e sozinha? perguntou o lápis.
_ Porque não tenho amigos para brincar.
Lápis: _ Sendo assim , acho que posso ajudá-la. Sou um lápis e posso criar uma amiga para você.
_Verdade? disse “A”? A letrinha “A” estava radiante como uma estrela aguardando a criação do Sr. Lápis. _Veja! Esta é sua amiga, a letra “E”. _Que legal! Agora tenho uma amiguinha! Vamos brincar?
Disse a letra A.
_Sim! É claro!
Disse a letra E.
As letras A e E saíram saltitantes de alegria… De repente a letra E parou e disse:
_O Sr. Lápis podia criar mais amigos para nós, o que você acha?
_Acho ótimo, ter amigos é algo muito precioso.
Disse A.
Então as duas foram até o Sr. Lápis:
_Sr. Lápis, temos um pedido a fazer.
O lápis disse:
_ Não me digam que querem mais amigas?!
_Sim!!!!!
Responderam as letras.
_Isso é moleza para mim! disse o Sr. Lápis. As duas irradiando felicidade, aguardaram a criação do Sr. Lápis e, em poucos minutos, ele fez as letras I, O, U. Todas se abraçaram e alegres foram brincar e ainda disseram que nunca vão se separar. Esse grupo de amigos é chamado de VOGAIS."

Esse texto é  para introduzir as vogais. Pode fazer fantoches das letras vogais e contar a história  para as crianças.  Depois você  dá  atividades sobre as vogais . Pode complementar com o poema de Rubinho do Vale : As vogais. Escreve o poema junto com eles. Todos os dias na rodinha declama o poema.... você  conhece?

POEMA   AS VOGAIS
RUBINHO DO VALE

NO MEIO DO MAR TEM A
NO MEIO DO CÉU  TEM É
NO MEIO DO RIO TEM I
NO MEIO DO SOL TEM O
NO MEIO DA RUA TEM U
NO MEU CORAÇÃO
TEM AMOR PRA CHUCHU.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

👍5 coisas que seu filho NUNCA irá esquecer sobre você quando eles crescerem

5 coisas que seu filho NUNCA

 irá esquecer sobre você 

quando eles crescerem


TEM COISAS QUE FICAM GRUDADAS NA MEMÓRIA DAS CRIANÇAS, MESMO QUE ELAS ACUMULEM MUITAS OUTRAS ENQUANTO CRESCEM...

Quando a família se reúne é quase impossível não relembrar de várias histórias da infância, cada um vai lembrando um acontecimento e a nostalgia e as risadas sempre se fazem presentes. E tem coisas que a gente não esquece mesmo como o dia em que a mãe perdeu o vô ou o nosso pai perdeu uma peça de teatro ou jogo de futebol ou o jeito como nossos pais se cumprimentavam quando chegavam em casa.


1. As experiências que você viveu com ele. Mais que coisas que você dá, são os momentos que permanecerão na memória do seu filho. Ou seja, não é do sorvete que você comprou que ele vai lembrar, e sim da conversa e das risadas que vocês deram enquanto estavam juntos.

2. A vez em que você largou o celular por ele. Não adianta falar que não é viciado, não: tá todo mundo na mesma página! Ou melhor, no mesmo app, o tempo todo conectados. E quando a gente consegue priorizar nossos filhos e não o celular, eles sentem. Sabem que está escutando e que se importa com o que ele está falando.
3. Seu apoio. Palavras positivas fazem TODA diferença! Um “estou orgulhosa de você”, “a família é muita melhor com você” ou um “você é um bom ouvinte”, são frases que parecem bobas, mas que são superimportantes para formar a personalidade do seu filho e algo que ele vai levar para a vida.
4. Como você lida com situações difíceis. Uma coisa é fato: seu filho presta atenção em TUDO o que você faz! E mais: ele se inspira em você. E vivemos em um mundo que faz com que as crianças se sintam vulneráveis e, infelizmente, eles vão ter que lidar em algum momento com doenças e perdas. É nesses momentos que ele vai lembrar do jeito como você lidou com a situação, como falou com ele sobre isso e como o fez se sentir.
5. As vezes que você não estava lá. Pode parecer uma coisa negativa, mas pode ser algo positivo também. Podem tanto se lembrar de quando você não estava e ele precisava quanto da vez em que ele foi dormir na casa de um amigo ou fez algo incrível na escola e mal podia esperar para chegar em casa e te contar.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

👍Níveis de escrita da criança

Cards explicativos sobre as diferentes fases de desenvolvimento da escrita...






quinta-feira, 15 de novembro de 2018

👍Proclamação da República - 15 de novembro de 1889


Proclamação da República Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Resultado de um levante político-militar que deu inicio à República Federativa Presidencialista. Fica marcada a figura de Marechal Deodoro da Fonseca como responsável pela efetiva proclamação e como primeiro Presidente da República brasileira em um governo provisório (1889-1891).
Marechal Deodoro da Fonseca foi herói na Guerra do Paraguai (1864-1870), comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre contrário ao movimento republicano e defensor da Monarquia como deixa claro em cartas trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da Fonseca em 1888 afirmando que apesar de todos os seus problemas a Monarquia continuava sendo o “único sustentáculo” do país, e a república sendo proclamada constituiria uma “verdadeira desgraça” por não estarem, os brasileiros, preparados para ela.

A CRISE NO IMPÉRIO

O ultimo gabinete ministerial do Império, o “Gabinete Ouro Preto”, sob a chefia do Senador pelo Partido Liberal Visconde do Ouro Preto, assim que assume em junho de 1889 propõe um programa de governo com reformas profundas no centralismo do governo imperial. Pretendia dar feição mais representativa aos moldes de uma Monarquia Constitucional, contemplando aos republicanos com o fim da vitaliciedade do senado e adoção da liberdade de culto. Ouro Preto é acusado pela Câmara de estar dando inicio à República e se defende garantindo que seu programa inutilizaria a proposta da República. Recebe críticas de seus companheiros do Partido Liberal por não discutir o problema do Federalismo.
Os problemas no Império estavam em várias instâncias que davam base ao trono de Dom Pedro II:
  • A Igreja Católica: Descontentamento da Igreja Católica frente ao Padroado exercido por D. Pedro II que interferia em demasia nas decisões eclesiásticas.
  • O Exército: Descontentamento dos oficiais de baixo escalão do Exército Brasileiro pela determinação de D. Pedro II que os impedia de manifestar publicamente nos periódicos suas críticas à monarquia.
  • Os grandes proprietários: Após a Lei Áurea ascende entre os grandes fazendeiros um clamor pela República, conhecidos como Republicanos de 14 de maio, insatisfeitos pela decisão monárquica do fim da escravidão se voltam contra o regime. Os fazendeiros paulistas que já importavam mão de obra imigrante, também estão contrários à monarquia, pois buscam maior participação política e poder de decisão nas questões nacionais.
  • A classe média urbana: As classes urbanas em ascensão buscam maior participação política e encontram no sistema imperial um empecilho para alcançar maior liberdade de econômica e poder de decisão nas questões políticas.

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

A República Federativa Brasileira nasce pelas mãos dos militares que se veriam a partir de então como os defensores da Pátria brasileira. A República foi proclamada por um monarquista. Deodoro da Fonseca assim como parte dos militares que participaram da movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar apenas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação, mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo monárquico com sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.
A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a Abolição da Escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação. Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano Federalista.

A MAÇONARIA E O POSITIVISMO

O Governo Republicano Provisório foi ocupado por Marechal Deodoro da Fonseca como Presidente, Marechal Floriano Peixoto como vice-presidente e como ministros: Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o Almirante Eduardo Wandenkolk, todos os presentes na nata gestora da República eram membros regulares da Maçonaria Brasileira. A Maçonaria e os maçons permanecem presentes entre as lideranças brasileiras desde a Independência, aliados aos ideais da Filosofia Positivista, unem-se na formação do Estado Republicano, principalmente no que tange o Direito.
A filosofia Positivista de Auguste Comte esteve presente principalmente na construção dos símbolos da República. Desde a produção da Bandeira Republicana com sua frase que transborda a essência da filosofia Comteana “Ordem e Progresso”, ou no uso dos símbolos como um aparato religioso à religião republicana. Positivistas Ortodoxos como Miguel Lemos e Teixeira Mendes foram os principais ativistas, usando das alegorias femininas e o mito do herói para fortalecer entre toda a população a crença e o amor pela República. Esses Positivistas Ortodoxos acreditavam tão plenamente em sua missão política de fortalecimento da República que apesar de ridicularizados por seus opositores não esmorecem e seguem fortalecendo o imaginário republicano com seus símbolos, mitos e alegorias.
A nova organização brasileira pouco ou nada muda nas formas de controle social, nem mesmo há mudanças na pirâmide econômica, onde se agrupam na base o motor da economia, e onde estão presentes os extratos mais pobres da sociedade, constituída principalmente por ex-escravizados e seus descendentes. Já nas camadas mais altas dessa pirâmide econômica organizam-se oligarquias locais que assumem o poder da máquina pública gerenciando os projetos locais e nacionais sempre em prol do extrato social ao qual pertencem. Não há uma revolução, ou mesmo grandes mudanças com a Proclamação da República, o que há de imediato é a abertura da política aos homens enriquecidos, principalmente pela agricultura. Enquanto o poder da maquina pública no Império estava concentrado na figura do Imperador, que administrava de maneira centralizadora as decisões políticas, na República abre-se espaço de decisão para a classe enriquecida que carecia desse poder de decisão política.

***
Hino da Proclamação da República

A letra do Hino da Proclamação da República foi escrita por Medeiros de Albuquerque, e a música composta por Leopoldo Miguez.
Hino à Proclamação à República do Brasil
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

***

Clique nos links abaixo e siga Educação e Transformação nas redes sociais:
Facebook
Instagram
Twitter

sábado, 10 de novembro de 2018

👍Dia da Bandeira do Brasil

A BANDEIRA NACIONAL

No dia 19 de Novembro comemoramos o Dia da Bandeira Nacional
bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, onde está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um circulo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: “Ordem e Progresso”.
A frase “Ordem e Progresso”: influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do positivismo.

As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul, se apresentava verticalmente, em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.
A primeira versão da Bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes Estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum Estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os Estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.
A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes do país, devendo ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas, secretarias de governo etc. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que seja bastante iluminada.
Significado de cada estrela da bandeira do Brasil
A Bandeira do Brasil foi implantada em 19 de novembro de 1889, a ideia da bandeira atual foi elaborada pelo professor Raimundo Teixeira Mendes que contou também com a participação do Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis e quem realizou a confecção do desenho foi o pintor Décio Vilares.
Quanto às estrelas dispostas na bandeira brasileira elas não são uniformes e cada uma possui um significado. Cada estrela presente na Bandeira representa um Estado brasileiro, além disso, todas possuem a mesma configuração, todas têm cinco pontas. Outro item que difere uma estrela da outra é quanto ao tamanho, existem cinco distintos.
A distribuição das estrelas na bandeira brasileira foi feita a partir das características do céu do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889.

A estrela Spica se encontra acima da faixa que expressa “Ordem e Progresso” e representa o Estado do Pará, esse no ano de 1889 correspondia ao maior território acima do paralelo do Equador. O Distrito Federal é representado pela estrela do tipo sigma do Octante.

Hino à Bandeira Nacional
Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga
Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Clique nos links abaixo e siga Educação e Transformação nas redes sociais:
Facebook
Instagram
Twitter

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

👍A força do professor...


A Força do Professor

Um guerreiro sem espada
sem faca, foice ou facão
armado só de amor
segurando um giz na mão
o livro é seu escudo
que lhe protege de tudo
que possa lhe causar dor
por isso eu tenho dito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Ah... se um dia governantes
prestassem mais atenção
nos verdadeiros heróis 
que constroem a nação
ah... se fizessem justiça 
sem corpo mole ou preguiça
lhe dando o real valor 
eu daria um grande grito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Porém não sinta vergonha
não se sinta derrotado
se o nosso pais vai mal
você não é o culpado
Nas potências mundiais
são sempre heróis nacionais
e por aqui sem valor
mesmo triste e muito aflito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Um arquiteto de sonhos
Engenheiro do futuro 
Um motorista da vida
dirigindo no escuro
Um plantador de esperança
plantando em cada criança 
um adulto sonhador
e esse cordel foi escrito
por que ainda acredito
na força do professor.

Bráulio Bessa