terça-feira, 28 de maio de 2019

👍Educar para o encantamento... Educar com sensibilidade

EDUCAR PARA O ENCANTAMENTO
EDUCAR COM SENSIBILIDADE

Cada vez mais as crianças estão sendo seduzidas pela beleza da modernização tecnológica, deixando de lado e consequentemente não despertando a essência da criatividade, da afetividade, do cognitivo, do ego e do próprio intelecto. Pouco a pouco estamos a perder nossa ternura e nossa relação social em que estamos imersos.
Neste pensamento a educação pode ser uma forte ferramenta para fortalecer a racionalidade. A educação quando transformadora desta condição direciona os indivíduos para a liberdade de criatividade.
Rubem Alves analisa esta proposta em repensar a educação como uma ação estética, valorizando e tornando o saber sensível ponto de partida das verdadeiras propostas educacionais. Aprender é sentir com o coração, promover a curiosidade para que a mente se inspire em vontade, em querer.
Educar para e pelo encantamento é necessário para que a criança se envolva de forma sensível e significativa na medida em que a mesma vai se aprofundando na descoberta das cores, dos sons, dos cheiros, texturas, conexões, vozes, contrastes, movimentos, etc. Para isso, é necessário que o Educador (Mediador) também se envolva nesta experiência, mesmo que não tenha experimentado o mesmo processo quando criança. Na verdade, não há nada mais inspirador que aprender ensinando.
O papel do Educador e da Escola, é também o de trabalhar a sensibilidade os valores humanos existentes nas relações familiares e sociais como: diálogo, afetividade, amizade, respeito, amor, atenção, carinho, dentre outros, a fim de desenvolver na memória uma forma de aprendizagem mais completa e que vai muito mais além dos próprios projetos e planejamentos educacionais.
Escolas são pessoas (Prof. José Pacheco)
O desenvolvimento da inteligência se forma a partir das experiências oferecidas pelo meio (sociedade), pelo grau de aproximação que o sujeito faz com ela, pela linguagem e pelos conhecimentos presentes na sua cultura. Estes fatores contribuem efetivamente para o conceito de desenvolvimento e construção do caráter.
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.
Rubem Alves

Texto e pesquisa (Prof Marcos Leonardo de Souza)
Psicopedagogo – Historiador – Pesquisador – Mestre em Educação e Filosofia.

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