domingo, 29 de agosto de 2021

👍Independência do Brasil


Independência do Brasil 

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A Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro, foi um dos acontecimentos que mudou os rumos de nossa nação.

Vários eventos desencadearam a necessidade de ficar independente de Portugal, portanto é importante entender a história desde o começo:

A Família Real chega ao Brasil

Com a chegada da Família Real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica, pois, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia, atendendo assim aos interesses da elite agrária brasileira. Apesar de ainda ser um momento inicial da história, esse episódio, que marca a política de D. João VI no Brasil, é considerada a primeira medida formal em direção à independência.

Revolução Constitucionalista e Revolução Liberal do Porto

É claro que os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço no cenário político, assim, passam a alimentar um movimento de mudanças que culminou em uma revolução constitucionalista em Portugal.

A Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época que tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia.

Decorrente desse movimento os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais figuras políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento.

Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

Príncipe Regente e novas diretrizes

Durante um tempo, D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.

Então pouco depois que assumiu, Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os impostos e equipar as autoridades militares nacionais às lusitanas. Inicia-se um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. No Brasil, os defensores da independência iniciaram uma campanha pedindo que o príncipe regente permanecesse em nossa terra.

A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no Brasil.

Neste contexto e atendendo a demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo do povo declarando: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico”. Dom Pedro I reafirmou sua permanência no cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico.

Finalmente a Independência!
Dom Pedro I logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da independência aos quadros administrativos de seu governo. Ele também decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

Foi justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável e, em uma última tentativa, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.

Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo com os brasileiros. Declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.

Houve batalhas pela independência, uma vez que tropas leais à Portugal recusaram-se a aceitar a Independência do Brasil em algumas partes do território. Os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio inglês.

Portugal só reconheceu a independência do Brasil em 1824, por intermédio de negociações conduzidas pelos ingleses. 

D.Pedro tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo imperador ou rei. 

Curiosidade
Um dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos. 

Principais Personalidades da Independência
Algumas personalidades tiveram papel fundamental no cenário da Independência do Brasil, algumas delas, sem muito destaque na história, mas que contribuíram significativamente para esse movimento. Vamos conhecer algumas delas:

Imperatriz Leopoldina
Esposa de D. Pedro I, nascida em Viena - Áustria, chega ao Brasil em 1817. Adaptou-se rapidamente à nova terra e logo passa a ser simpatizante do projeto de libertar a colônia de Portugal. Em 1821 conhece José Bonifácio, grande defensor da independência e crítico do absolutismo, de quem se torna muito próxima. Em agosto de 1822 exerce a regência na ausência do príncipe, que se encontrava em São Paulo. Nessa ocasião, envia-lhe papéis e comentários vindos da metrópole, que fazem crítica a sua atuação. Junta a isso uma carta de José Bonifácio e outra de sua própria autoria, ambas exigindo uma atitude imediata do príncipe herdeiro no sentido de proclamar a independência.

José Bonifácio
Considerado patriarca da independência, lutou como soldado contra as tropas de Napoleão, foi secretário da Academia de Ciências de Lisboa, foi vice-presidente da província de São Paulo e Ministro do Príncipe Regente D. Pedro.

Deputado Monsenhor Francisco Moniz Tavares (PE)
É o primeiro representante brasileiro eleito a fazer uso da palavra, nas “Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa”, em Lisboa. Este deputado faz um discurso corajoso e patriótico, combatendo o envio de mais tropas para a Província de Pernambuco para conter a revolta popular.

Pedro de Araújo Lima
Político conservador, também fez parte das cortes portuguesas e concordou em assinar a Constituição, considerada perigosa aos interesses do Brasil. Mesmo assim, quando regressou ao Brasil, 1823, já estava eleito para a Assembleia Constituinte convocada por D. Pedro I. Teve grande influência no meio político brasieliro.

Cipriano José Barata de Almeida
Apesar de ter formação em medicina, atuou como jornalista político, sendo uma personalidade marcante no primeiro reinado. Tinha ideias liberais, movimentou a opinião pública, propagou o liberalismo e combateu a escravidão. Considerado traidor pelos defensores do trono, participou da Inconfidência Baiana de 1798, movimento que mostrava a insatisfação do povo frente ao domínio português.

Diogo Antônio Feijó
em 1821, foi eleito deputado por São Paulo nas Cortes de Lisboa, onde fez um corajoso discurso em favor da independência do Brasil. Teve papel importante também depois da independência, como membro da Câmara Municipal de Itu - SP, onde aprovou uma moção contra a Constituição de 1824, imposta pelo imperador com a intenção de estabelecer uma Monarquia Absolutista.

Visconde de Pirajá 
Envolve-se nas primeiras conspirações para a Independência do Brasil, lutando bravamente contra as tropas portuguesas. D. Pedro I reconheceu os serviços prestados à Pátria e concedeu-lhe o título de “Visconce de Pirajá”.

Curiosidade
A Imperatriz Leopoldina foi a primeira imperatriz brasileira. O casamento com D. Pedro I foi feito por procuração, assim, a noiva só conheceu seu marido depois do casamento, que tinha objetivos políticos e econômicos para tanto para o Brasil como para a Áustria, país de origem da imperatriz.

Feriado Nacional 
O dia 7 de setembro foi transformado em um feriado nacional por meio de uma lei sancionada durante o governo de Eurico Gaspar Dutra:  a Lei nº 662, de 6 de abril de 1949.

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