Sequência Didática:
Menina bonita do laço de fita
Livro: Menina bonita do laço de fita.
De: Ana Maria Machado
Ilustrações: Claudius
Editora: Ática
Coleção: Barquinho de Papel
Sinopse:
Uma linda menina negra desperta a admiração de um coelho branco, que deseja ter uma filha tão pretinha quanto ela. Cada vez que ele lhe pergunta qual o segredo de sua cor, ela inventa uma história. O coelho segue todos os "conselhos" da menina, mas continua branco.
De: Ana Maria Machado
Ilustrações: Claudius
Editora: Ática
Coleção: Barquinho de Papel
Sinopse:
Uma linda menina negra desperta a admiração de um coelho branco, que deseja ter uma filha tão pretinha quanto ela. Cada vez que ele lhe pergunta qual o segredo de sua cor, ela inventa uma história. O coelho segue todos os "conselhos" da menina, mas continua branco.
OBJETO DE ESTUDO: Diversidade Étnico-Cultural Brasileira Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano
INTRODUÇÃO:
- Desenvolvimento do tema da diversidade, não somente com o objetivo de apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias e ao outro, mas também com o objetivo de elevar a auto-estima do aluno negro.
CONTEÚDO:
- Identidade;
- Afetividade;
- Família;
- Diversidade étnica e cultural.
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES:
- 5 aulas de 50 minutos.
OBJETIVOS:
- Sensibilização através da leitura do Livro “Menina Bonita do Laço de Fita”;
- Incentivar a leitura dos educandos;
- Tratar a questão das diferenças, valorizando a diversidade a partir da raça negra;
- Incentivar o gosto pela leitura de histórias narradas;
- Desenvolver habilidade de escrever frases a partir de gravuras;
- Interpretar fatos da história a partir de perguntas sugeridas;
- Tratar a questão das diferenças, valorizando a diversidade a partir da raça negra.
HABILIDADES:
Com a atividade é esperado que se desenvolva a socialização, raciocínio, trabalho em equipe, noção de diferenças e igualdades raciais, tradições, conhecimento da cultura Afrodescendente e o despertar do interesse por parte do aluno para assuntos relacionados. A proposta é que articulem entre si os conteúdos aplicados, visando à construção do conhecimento mútuo. Primeiramente, pedimos que façam uma roda de conversa, depois da leitura, para a discussão sobre como eles se identificam com aquela história. Assim desenvolvendo também a capacidade intelectual de conversação, explorar ideias dos colegas e argumentação.
METODOLOGIA:
- Iniciar as atividades apresentando a história da autora e do livro, aproveitando tudo o que ele possa oferecer, proporcionando um tempo para que a criança observe cuidadosamente;
- Contar que quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que escreve livros para crianças, principalmente. Se o(a) professor(a) já tiver lido para a classe outros livros da autora, relembrar o fato aos alunos, se possível, mostrando-os.
- Em sala pede-se que a criança desenvolva trabalhos manuais sobre desenhos e pinturas africanas, com ênfase na história da África, relembrando o que diz a história da Menina que ela é “uma princesa das terras da África” ou “Uma fada do Reio do Luar”, questionar o que eles entendem com essas expressões com ênfase na história da África.
RECURSOS E MATERIAIS DIDÁTICOS:
- Serão utilizados recursos dirigidos, ilustrações e textos;
- Como material didático será utilizado cartolina preta e branca, papel desenho para confeccionar a lua e as estrelas, lápis de cor e tinta guache colorida. Com esses materiais serão confeccionados desenhos sobre o que as crianças entenderam sobre o livro e o que mais gostaram. Com a tinta guache serão pintados o céu escuro e estrelado, etc.
MOMENTO 1:
A professora, antes de apresentar o livro, iniciará a aula com uma conversa informal perguntando:
– Com quem a gente se parece?– Todas as pessoas são iguais?
1. Apresentar a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro;
2. Pedir às crianças que deem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na lousa as sugestões apresentadas;
3. Dizer o título do livro: “Menina bonita do laço de fita” e comparar com os nomes apresentados pelos alunos na atividade perguntando a eles se gostaram mais do nome escolhido por eles próprios ou o escolhido pela autora; mostrar às crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou situação e que o importante é que aprendamos a respeitar todas as opiniões; comentar os nomes escolhidos pelos alunos, na medida em que se afastam ou se aproximam do nome original da história.
4. Mostrar a capa do livro aos alunos.”Ler” a imagem da capa com eles, fazendo perguntas sobre a ilustração:
– Quem será essa menina?– Como ela é? (cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse? leva muito tempo?).
– Quais as suas características?– Como ela parece estar se sentindo?
Destacar o olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho. Pedir aos alunos que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado. Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura.
5. Ler o livro para os alunos, agora parando em cada página, mostrando as imagens e destacando as palavras e expressões que valorizam a menina, que a retratam como bela: “Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feitos fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.”. Os adjetivos e comparações usados pela autora vão além de aguçar a imaginação infantil (olhos = duas azeitonas daquelas bem brilhantes; cabelos = fiapos da noite; pele = pêlo da pantera negra quando pula na chuva); eles evocam uma imagem positiva da menina, valorizando nela aspectos como cabelo e cor de pele, que normalmente são “maquiados”, escondidos, quando a personagem é negra. A beleza natural da menina ganha enfeites que reforçam seu encanto, dando a ela ares de personagem de contos de fadas, pois: “Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar”.
Esses dois trechos contribuem para que, ao imaginário infantil a menina seja apresentada como uma bela princesa de contos de fadas, o que é extremamente positivo e eleva a auto-estima da criança, que se identificará com a heroína. Perguntar aos alunos se eles têm uma ideia do porquê do coelho querer ter a cor de pele da menina. Será que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com as crianças as respostas dadas.
É importante que o (a) professor (a) destaque que além de muito bonita, essa heroína é também muito esperta e criativa, pois mesmo não sabendo responder às perguntas do coelho, sempre tem uma solução para que ele se torne da cor desejada: cair na tinta preta, tomar muito café, comer muita jabuticaba…
Antes de ler o trecho que fala da intervenção da mãe no diálogo entre a menina e o coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe da garota.
Comparar o texto escrito (“uma mulata linda e risonha”) e a ilustração da mãe que é a de uma linda moça, moderna, bem vestida e arrumada (enfeitada, pintada, cabelos penteados), o que também contribui para que a classe forme uma imagem estética positiva da mulher negra.
MOMENTO 2:
Trabalhar oralmente as características físicas da menina, associando às comparações do texto. Em seguida, realizar a interpretação do livro:
- Qual era a cor da pele da menina? Parecia com o que? Quem se lembra?
- E o seu cabelo? O que sua mãe fazia nele?- Seus olhos se pareciam com o que?
- Como era o coelho? O que ele descobriu?
- Qual a conclusão que o coelho chegou sobre a cor da pele da menina?
- Por que os filhotes do coelho nasceram um de cada cor?
Deixar claro que cada um de nós tem suas características, oriundas de sua família. Sendo assim, somos únicos, diferentes, e isso torna cada um de nós especial.
MOMENTO 3:
- Recolher fotos trazidas pelos alunos e colar em um grande cartaz dizendo: Diferenças: não basta reconhecê-las é preciso valorizá-las!
- A professora deve pedir que olhem o cartaz com as fotos e procurem em seus parentes alguma característica parecida com a sua;
- Havendo alguma foto ou criança negra na sala, a professora poderá ressaltá-la, dizendo das semelhanças com a menina da história.
ARTES VISUAIS:
- Fazer o autorretrato:
- Aproveitar a descoberta do coelho de que “a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos” e perguntar às crianças com quem elas acham que se parecem.
MOMENTO 4:
- Conversar com as crianças sobre as “famílias” (povos) que formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses, árabes, judeus etc.;
- Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar aqui as contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc.
AVALIAÇÃO:
- Realizada durante o trabalho que será registrado frequentemente através de fotografias, filmagens e anotações. Dessa forma pode se fazer a avaliação individual e contínua de cada um e determinar o grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos. Primeiramente, avalia-se a interação que a criança teve com a proposta aplicada. E, posteriormente, se o material desenvolvido por ela foi coerente com tal proposta. Analisa-se também se não houve nenhum de tipo de discriminação ocorrida durante a atividade, tanto com relação ao trabalho, quanto com os colegas. O critério de avaliação do professor também tem que ser coerente com a proposta, sempre valorizando o contexto em que a atividade foi realizada.
É importante se fazer perguntas do tipo: - A criança passou a se perceber como diferente em atitudes e relações com os colegas e com você?
- A criança trata os colegas com respeito e valoriza as características que são diferentes das suas próprias?
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Obrigada por compartilhar este material riquíssimo. Utilizei com meus alunos!
ResponderExcluirObrigada pelo material,vou compartilhar com meus alunos.
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